terça-feira, 6 de novembro de 2012

Um cafezinho?!

Estou pra conhecer alguém que goste mais de café do que a mãe Verinha. Ela gostava não apenas de tomar café, mas também de xícaras, colheres, bule, açucareiro e, claro, de forrinho para o pires. Quando começamos a apreciar a bebida, mãe Verinha tratou de nos ensinar que, ao adoçar o café na xícara, devíamos mexer sem fazer muito barulho. Ao terminar, a colher deveria ser colocada no pires, sem que fosse levada à boca para provar o café. Quando queríamos apressar a degustação e soprávamos o café, mãe Verinha franzia a testa e perguntava se tínhamos nascido de sete meses, querendo dizer que esperássemos educadamente até que esfriasse um pouco. Ao menor sinal de descolar o dedinho da asa da xícara, ela nos lembrava que o mindinho fazia parte da mão, portanto deveria permanecer  na companhia dos demais.
Na eterna ginástica de driblar a distância, e compartilhando desse gosto, sempre que tomava um cafezinho gostoso, fotografava e enviava por mensagem para a mãe Verinha perguntando: “Está servida?”. Ela gostava e logo comentava que tinha acabado de tomar ou que ia passar um novinho. Nas minhas viagens, costumava enrolar os acompanhamentos em um guardanapo e trazia para ela. Chegavam amassadinhos, mas era só para dizer o quanto havia lembrado dela. Ao longo do dia, faça frio ou faça sol, parar para tomar um cafezinho saboreando com calma é “Verinha de tudo!”. (Leonora)

Fran’s café – Colher pousada no pires, mas sem ter dado uma voltinha pela boca.

Capuccino da Romana, padaria de Campinas, que era parada obrigatória da mãe Verinha quando vinha por aqui.

Um café com bolinho feitos por mim.

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